Surpresos e felizes, prisioneiros fogem das prisões sem guardas de Assad

8 dez 2024 - 16h02

Surpresos e felizes, prisioneiros escapavam das prisões sírias neste domingo, gritando de alegria enquanto deixavam um dos sistemas carcerários mais duros do mundo e caminhavam para a liberdade após o colapso do governo de Bashar al-Assad.

Por toda a Síria, famílias choravam ao se reunirem com filhos, irmãos, cônjuges e pais que haviam desaparecido há anos no implacável sistema prisional da dinastia de Assad, que governou por cinco décadas.

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Um vídeo verificado pela Reuters mostrou prisioneiros recém-libertados correndo pelas ruas de Damasco, levantando os dedos de ambas as mãos para mostrar quantos anos haviam passado na prisão, perguntando aos transeuntes o que havia acontecido, sem entender que Assad havia caído.

"Derrubamos o regime!" gritou uma voz e o prisioneiro gritou e pulou de alegria no vídeo.

Um homem assistindo aos prisioneiros correrem pelas ruas ao amanhecer levou as mãos à cabeça, exclamando com espanto: "Meu Deus, os prisioneiros!".

Durante a guerra civil que começou em 2011, as forças de segurança mantiveram centenas de milhares de pessoas presas em campos de detenção onde organizações internacionais de direitos humanos dizem que a tortura era uma prática universal. As famílias frequentemente não recebiam informações sobre o destino de seus entes queridos.

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Conforme os insurgentes tomavam uma cidade após outra em uma campanha vertiginosa de oito dias, a libertação das prisões estavam frequentemente entre seus primeiros objetivos. As prisões mais notórias em Damasco e ao redor foram finalmente abertas na última noite do levante e nas primeiras horas de domingo.

Quando chegaram à prisão de Sednaya, os rebeldes dispararam contra a fechadura do portão, mostrou um vídeo, usando mais disparos para abrir portas fechadas que levavam às celas. Homens se escapavam pelos corredores e por um pátio, gritando e ajudando a abrir mais celas.

Em um vídeo publicado pela agência de notícias Step, um homem de cabelos grisalhos saltou nos braços de parentes em um abraço incrédulo, os três homens se agarrando e chorando de alegria, antes que um caísse de joelhos, ainda segurando as pernas do homem libertado.

A Reuters não pôde verificar imediatamente a localização de alguns dos vídeos, embora ninguém tenha contestado que prisões foram abertas em todo o país.

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