As autoridades paquistanesas realizaram uma operação de alto risco para resgatar cinco das sete crianças que haviam ficado presas em um teleférico no norte do país nesta terça-feira, 22. As informações são da agência de notícias Reuters.
Contudo, devido à falta de visibilidade, as autoridades optaram por interromper temporariamente as operações por helicóptero. Dessa forma, duas crianças e um adulto ainda seguem dentro da cabine.
De acordo com a Reuters, os esforços de resgate continuam com uma equipe de especialistas que está utilizando o cabo de sustentação para enviar uma pequena plataforma, com o objetivo de retirar as crianças uma a uma.
Em um primeiro momento, as equipes de resgate anunciaram com sucesso que haviam resgatado quatro crianças. Contudo, duas dessas tentativas não foram bem-sucedidas, resultando na retirada efetiva de somente duas crianças da cabine.
O grupo ficou preso a uma altura de 274 metros após um dos dois cabos do teleférico se romper enquanto eles estavam na cabine. As crianças estavam a caminho da escola. Nessa área montanhosa do norte do Paquistão, muitos estudantes utilizam teleféricos como forma de locomoção. As duas primeiras crianças resgatadas estão sob observação médica, apresentando um estado de saúde favorável, conforme relatado pelas autoridades.
Dificuldades no resgate
Devido aos ventos intensos e à frágil sustentação da cabine, o processo de resgate é considerado arriscado. A equipe militar responsável pela operação realizou pelo menos quatro tentativas de resgate, todas sem sucesso.
Na primeira tentativa, uma das crianças chegou a ser içada, porém a equipe percebeu riscos para a estabilidade da cabine do teleférico e optou por abortar a operação. A principal preocupação é de que as correntes de ar produzidas pelo helicóptero possam causar instabilidade na cabine.
De acordo com as autoridades locais, o cabo rompeu aproximadamente às 9h no horário local (23h de segunda-feira em Brasília). Um dos jovens chegou mesmo a desmaiar "devido ao calor e ao medo", afirmou Shariq Riaz Khattak, um oficial de resgate, à agência Reuters.