O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (3) que não concorda "com grande parte do que acontece" no Irã, mas disse que o Brasil tem uma posição de "equidistância" na crescente tensão entre o país persa e os Estados Unidos por causa da morte do general Qassem Soleimani.
Em entrevista ao apresentador José Luiz Datena, o mandatário declarou que seu governo é aliado de "qualquer país do mundo no combate ao terrorismo".
"Nós sabemos o que, em grande parte, o Irã representa para seus vizinhos e para o mundo. [...] A vida pregressa dele [de Soleimani] era voltada em grande parte para o terrorismo. E nossa posição é bem simples: tudo o que pudermos fazer para combater o terrorismo, nós faremos", disse.
Evitando críticas diretas a Teerã, Bolsonaro ressaltou que o Brasil "não tem participação ativa no mundo no combate ao terrorismo". "Não podemos concordar em grande parte com o que acontece lá [no Irã], mas temos uma posição de uma certa equidistância, afinal, o Brasil tem os seus problemas", salientou.
Ao analisar o cenário internacional e uma possível escalada da violência no Oriente Médio, o presidente disse que quer a paz, mas citou uma máxima do meio militar: "Quem quer a paz tem que se preparar para a guerra". "O que nós queremos é esperar que dê tudo certo e que não tenha reflexo no aumento do combustível aqui no país", declarou.