Pelo menos 58 pessoas morreram quando o terremoto mais forte a atingir o México em mais de oito décadas arrasou edifícios, obrigou retiradas em massa e disparou alertas até no sudeste da Ásia.
O terremoto de magnitude 8,1 ocorrido no litoral sul na noite de quinta-feira foi mais forte do que um tremor devastador de 1985 que arrasou partes da Cidade do México e matou milhares de pessoas.
Desta vez os danos à cidade foram limitados, já que o tremor foi mais profundo e mais distante da capital, mas ainda assim chocante.
A cidade de Juchitán, no Estado de Oaxaca, próxima do epicentro, foi especialmente atingida, e seções da prefeitura, um hotel, um bar e outros edifícios foram reduzidos a escombros.
"A situação em Juchitán é crítica; este é o momento mais terrível de nossa história", disse a prefeita, Gloria Sánchez, depois do longo terremoto, que também abalou a Guatemala e El Salvador.
Moradores chocados atravessavam os escombros de cerca de 100 edifícios que desmoronaram, incluindo casas, uma concessionária Volkswagen e a prefeitura de Juchitán.
"Olhe o que aconteceu com a minha casa", disse Maria Magdalena López, em lágrimas. "Foi horrível, desmoronou".
Todas as mortes ocorreram em três Estados vizinhos agrupados em torno do epicentro. Em Oaxaca morreram 45 pessoas, em Chiapas foram 10 e em Tabasco, três, disse o chefe da agência de proteção civil do México, Luis Felipe Puentes.
O governador de Chiapas, Manuel Velasco, afirmou que 12 pessoas morreram no Estado, o que elevaria o total para 60.
Em Chiapas, lar de muitos grupos étnicos indígenas do México, milhares de pessoas que moram na costa foram retiradas de suas casas como precaução quando o sismo desencadeou alertas de tsunami.
Ao menos 250 habitantes de Oaxaca também ficaram feridos, de acordo com o ministro da Agricultura, José Calzada.