O regime da Coreia do Norte alertou nesta sexta-feira (26) que o lançamento de dois mísseis realizado na última quinta (25) foi uma "advertência" à Coreia do Sul.
A declaração chega pouco menos de um mês depois do encontro entre Kim Jong-un e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na zona desmilitarizada de Panmunjom, em 30 de junho, que parecia marcar uma reviravolta nas negociações para desnuclearizar a península.
Em um comunicado divulgado pela imprensa oficial e direcionado aos "militares sul-coreanos belicistas", a Coreia do Norte diz que o teste da última quinta foi uma "advertência solene" contra os planos de Seul de retomar os exercícios militares conjuntos com os EUA.
Fontes militares do Sul disseram que os dados de voo dos mísseis mostram similaridades com o projétil russo de curto alcance Iskander, que pode abrigar ogivas nucleares. Após acompanhar o teste, Kim afirmou que os projéteis são difíceis de se interceptar porque voam em baixa altitude.
Pyongyang vem tentando pressionar os EUA pela retirada das sanções internacionais, mas, apesar do recente encontro entre Kim e Trump, as negociações não avançaram.
Recentemente, a Coreia do Sul comprou 40 caças militares americanos de última geração e anunciou a intenção de realizar exercícios militares com os Estados Unidos durante o verão boreal, que termina em setembro - as manobras foram suspensas por Trump em meio às negociações de paz com Kim.