
Um submarino carregado com 6,5 toneladas de cocaína foi interceptado pela Polícia Judiciária e Marinha de Portugal. Na tripulação, estavam três brasileiros, um colombiano e um espanhol, que foram presos. As informações foram divulgadas pelas autoridades portuguesas nesta terça-feira, 25.
A prática mostra que há uma tendência de internacionalização de organizações criminosas como um todo, e não só entre grupos brasileiros, segundo Roberto Uchôa, membro do conselho do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e pesquisador na Universidade de Coimbra, relatou ao jornal O Globo. A ideia é que as facções se adaptem a novas tecnologias em prol do tráfico de drogas.
Um vídeo divulgado pelas autoridades portuguesas nas redes sociais mostra o momento em que o submarino do tráfico é abordado, e como é o interior da embarcação.
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O submersível saiu do litoral do Brasil com destino a um ponto da Península Ibérica. O diretor nacional da Polícia Judiciária de Portugal, Luís Neves, explicou em coletiva de imprensa que os narcossubmarinos se aproximam da costa apenas o suficiente para serem abordados por lanchas. Depois, a droga é retirada e os barcos levam o carregamento para dentro do país rapidamente.
Os tripulantes presos “não são aprendizes”, segundo Neves, e já receberam treinamento para a ação criminosa. O nome da organização criminosa responsável pelo caso não foi divulgado, mas, de acordo com o diretor, trata-se de uma das muitas que buscam "encharcar a Europa de muita cocaína".
"São os cartéis que os constroem, são manufaturados e têm tecnologia de ponta para poderem comunicar com a organização e para poderem estar no mar", declarou Neves ao jornal português Observador.
As autoridades portuguesas souberam do caso pelo Centro de Análise e Operações Marítimas (Narcóticos), entidade que reúne oito países da União Europeia e o Reino Unido com o objetivo de combater o tráfico de drogas nos mares. A informação de que um narcossubmarino estava se aproximando de Portugal foi compartilhada pela Guarda Civil da Espanha.