Tribunal da Romênia anula resultado da eleição presidencial

Segundo turno seria realizado no domingo e a votação já está em andamento

6 dez 2024 - 10h52
(atualizado às 12h13)
Um membro da Jandarmeria fecha o portão do Palácio do Parlamento, após a Suprema Corte da Romênia anular o resultado do primeiro turno da eleição em Bucareste, 6 de dezembro de 2024
Um membro da Jandarmeria fecha o portão do Palácio do Parlamento, após a Suprema Corte da Romênia anular o resultado do primeiro turno da eleição em Bucareste, 6 de dezembro de 2024
Foto: REUTERS/Louisa Gouliamaki TPX IMAGES OF THE DAY

O tribunal superior da Romênia anulou o resultado do primeiro turno da eleição presidencial do país na sexta-feira, acrescentando que todo o processo eleitoral terá que ser repetido.

O segundo turno seria realizado no domingo e a votação já está em andamento nas seções eleitorais no exterior.

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Depois de ter apenas um dígito nas pesquisas antes do primeiro turno da eleição presidencial em 24 de novembro, Calin Georgescu -- que quer acabar com o apoio romeno à Ucrânia contra a invasão da Rússia -- obteve uma vitória que levantou questões sobre como essa surpresa foi possível em um Estado membro da União Europeia e da Otan.

Documentos revelados pelo conselho de segurança da Romênia na quarta-feira apontaram que o país foi alvo de "ataques russos híbridos agressivos" durante o período eleitoral.

"O processo eleitoral para eleger o presidente da Romênia será totalmente repetido, e o governo definirá uma nova data e... um novo calendário para as etapas necessárias", disse o tribunal em um comunicado.

O segundo turno da disputa presidencial, que deveria ocorrer no domingo, teria colocado Georgescu, um candidato de extrema-direita e pró-russo, contra a líder de centro pró-UE Elena Lasconi.

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Os partidos de extrema-direita também tiveram um bom desempenho nas eleições parlamentares do último domingo na Romênia, embora os social-democratas no poder tenham emergido como o maior grupo e esperam formar um governo de coalizão pró-UE.

O tribunal não questionou a integridade da votação parlamentar.

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