O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, deve anunciar seus escolhidos para vários dos principais postos da área econômica nesta segunda-feira, quando também receberá finalmente seu primeiro informe confidencial de inteligência, um passo essencial para assumir o controle da segurança nacional.
Embora a transição de Biden para a Casa Branca pareça estar acelerando o passo, o presidente eleito estava mancando por ter fraturado o pé enquanto brincava com o cachorro no sábado.
O próximo governo foi prejudicado durante semanas pelo presidente em fim de mandato, Donald Trump, que se recusa a admitir a derrota alegando, sem provas, que a vitória eleitoral de Biden no dia 3 de novembro se deveu a fraudes.
Biden deve anunciar membros do alto escalão de sua equipe econômica, que terá que combater os impactos esmagadores da pandemia de coronavírus nos trabalhadores e nos negócios do país.
Contrastando com Trump, que escolheu uma maioria de homens brancos para posições centrais, as primeiras indicações de Biden apontaram para uma grande diversidade, incluindo uma equipe de comunicação exclusivamente feminina apresentada na noite de domingo.
Biden deve anunciar Janet Yellen, a primeira mulher a comandar o Federal Reserve, como sua secretária do Tesouro, e Adewale Adeyemo como a primeira negra a assumir o posto de vice-secretária do Tesouro.
Outros integrantes de sua equipe econômica devem ser anunciados, como Neera Tanden, executiva-chefe da instituição de estudos progressista Centro para o Progresso Americano, como diretora do Escritório Orçamentário da Casa Branca, o que faria dela a primeira mulher não branca a liderar a agência, noticiaram a Reuters e outros veículos de mídia.
Biden e a vice-presidente eleita, Kamala Harris, também devem receber nesta segunda-feira seu primeiro informe confidencial de inteligência diário, que o governo Trump vinha se recusando a fornecer. O informe é o primeiro passo para a transferência de responsabilidade das informações de inteligência mais delicadas a uma nova gestão.
Trump, por sua vez, manteve suas alegações infundadas de fraude eleitoral em uma entrevista à Fox News no domingo e com tuítes publicados na noite de domingo que a rede social assinalou como questionáveis -- mas o presidente republicano, que na quinta-feira disse que sairá da Casa Branca se Biden for declarado vencedor formalmente pelo Colégio Eleitoral no dia 14 de dezembro, pareceu recuar de sua estratégia de contestações legais, dizendo à emissora que não vê um caminho para levar seu caso à Suprema Corte.