O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (15) que Hamas e Israel assinaram um acordo para um cessar-fogo na Faixa de Gaza e a libertação dos reféns mantidos pelo grupo fundamentalista islâmico.
"Temos um acordo pelos reféns no Oriente Médio. Eles serão libertados em breve. Obrigado!", escreveu Trump em sua rede social, a Truth, sem dar maiores detalhes sobre o acordo.
"Este acordo épico de cessar-fogo só poderia ter acontecido após nossa vitória histórica em novembro, pois sinalizou ao mundo inteiro que meu governo buscaria a paz e negociaria acordos para garantir a segurança de todos os americanos e nossos aliados", acrescentou.
Trump também disse que "continuará trabalhando em estreita colaboração com Israel e aliados para garantir que Gaza nunca mais se torne um refúgio seguro para terroristas".
No entanto o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa'ar, disse hoje à emissora italiana Rai1 que a primeira fase do pacto deve durar 42 dias, durante os quais serão libertados 34 dos quase 100 israelenses ainda mantidos em cativeiro pelo Hamas. O político, contudo, não informou quantos prisioneiros palestinos deixarão a cadeia.
O Al Arabiya, por sua vez, mencionou que Israel "libertará 30 palestinos para cada refém" e "50 para cada mulher soldado israelense". A emissora acrescentou que a quantidade total de palestinos libertados com o acordo "pode chegar a 1.650".
Sem citar fontes, o veículo acrescentou que o Hamas deverá libertar pelo menos "33 reféns israelenses em 42 dias", mas "primeiro as mulheres" e os prisioneiros "menores de 19 anos".
A emissora catariana Al-Araby, mencionando fontes egípcias familiarizadas com o assunto, publicou que a maior parte das tropas israelenses já se retiraram do corredor Filadélfia, faixa de terra estratégica que fica entre Gaza e o Egito.
A guerra foi deflagrada por atentados do Hamas que fizeram 1,2 mil mortos em 7 de outubro de 2023 e provocaram um banho de sangue sem precedentes em Israel. Desde então, os ataques israelenses já mataram mais de 46 mil palestinos em Gaza, onde o anúncio do acordo foi recebido com festa por milhares de pessoas nas ruas. .