Trump critica "permissiva" lei de aborto dos EUA

19 jan 2018 - 21h05
(atualizado em 20/1/2018 às 10h57)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamou a legislação norte-americana sobre aborto de uma das mais permissivas do mundo nesta sexta-feira, num discurso para ativistas antiaborto durante a anual Marcha pela Vida, e prometeu que o seu governo iria sempre defender "o direito à vida".

Presidente dos EUA, Donald Trump, discursa em Washington
19/01/2018 REUTERS/Kevin Lamarque
Presidente dos EUA, Donald Trump, discursa em Washington 19/01/2018 REUTERS/Kevin Lamarque
Foto: Reuters

O discurso do presidente republicano, transmitido da Casa Branca por um link de vídeo para milhares de pessoas reunidas no National Mall em Washington, mostra a sua mudança nos últimos anos de um apoiador do acesso ao aborto para um poderoso opositor.

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"Como vocês sabem, Roe versus Wade resultou em uma das legislações mais permissivas sobre aborto em qualquer lugar do mundo", afirmou ele, criticando a decisão da Suprema Corte em 1973 que confirmou o direito da mulher a um aborto na maioria dos estágios da gravidez.

Trump disse que os Estados Unidos são "um dos somente sete países que permitem abortos voluntários tardios", mencionando a China e a Coreia do Norte. "Isso é errado. Isso tem que mudar."

Os outros países que permitem abortos voluntários depois de 20 semanas são Canadá, Holanda, Cingapura e Vietnã, segundo o Instituto Charlotte Lozier, um centro de pesquisa antiaborto.

Trump citou algumas das medidas antiaborto que seu governo tomou, incluindo um anúncio mais cedo pelo Departamento de Saúde. A agência disse que estava revogando a norma do governo Barack Obama que buscava desencorajar Estados de tentar retirar os fundos de organizações que fornecessem serviços de aborto.

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