O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamou a legislação norte-americana sobre aborto de uma das mais permissivas do mundo nesta sexta-feira, num discurso para ativistas antiaborto durante a anual Marcha pela Vida, e prometeu que o seu governo iria sempre defender "o direito à vida".
O discurso do presidente republicano, transmitido da Casa Branca por um link de vídeo para milhares de pessoas reunidas no National Mall em Washington, mostra a sua mudança nos últimos anos de um apoiador do acesso ao aborto para um poderoso opositor.
"Como vocês sabem, Roe versus Wade resultou em uma das legislações mais permissivas sobre aborto em qualquer lugar do mundo", afirmou ele, criticando a decisão da Suprema Corte em 1973 que confirmou o direito da mulher a um aborto na maioria dos estágios da gravidez.
Trump disse que os Estados Unidos são "um dos somente sete países que permitem abortos voluntários tardios", mencionando a China e a Coreia do Norte. "Isso é errado. Isso tem que mudar."
Os outros países que permitem abortos voluntários depois de 20 semanas são Canadá, Holanda, Cingapura e Vietnã, segundo o Instituto Charlotte Lozier, um centro de pesquisa antiaborto.
Trump citou algumas das medidas antiaborto que seu governo tomou, incluindo um anúncio mais cedo pelo Departamento de Saúde. A agência disse que estava revogando a norma do governo Barack Obama que buscava desencorajar Estados de tentar retirar os fundos de organizações que fornecessem serviços de aborto.