Trump demite assessor de segurança e estrategista internacional Bolton por discordâncias

10 set 2019 - 13h35
(atualizado às 15h44)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demitiu repentinamente o assessor de segurança nacional da Casa Branca, John Bolton, nesta terça-feira, diante de discordâncias com a linha-dura do auxiliar sobre questões de política internacional como Coreia do Norte, Irã, Afeganistão e Rússia.

John Bolton
12/08/2019
REUTERS/Peter Nicholls
John Bolton 12/08/2019 REUTERS/Peter Nicholls
Foto: Reuters

"Informei John Bolton na noite de ontem que seus serviços não eram mais necessários na Casa Branca. Eu discordo fortemente de muitas de suas sugestões, assim como outros na Administração", tuitou Trump, acrescentando que nomearia um substituto na próxima semana.

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Bolton, uma figura importante na política externa norte-americana que foi o terceiro assessor de segurança nacional do governo Trump, era amplamente conhecido por pressionar o presidente a adotar posturas mais rígidas em questões como a Coreia do Norte.

Bolton, de 70 anos e que assumiu o cargo em abril de 2018 substituindo H. R. McMaster, também apresentou divergências pontuais com o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, um dos maiores apoiadores de Trump.

Apresentando uma versão diferente dos eventos, Bolton tuitou: "Eu me ofereci para renunciar na noite de ontem e o presidente Trump disse: 'Vamos conversar sobre isso amanhã'".

Trump já realizou brincadeiras sobre a imagem de Bolton como defensor de guerras, dizendo em uma reunião no Salão Oval que "John nunca vira uma guerra da qual não gostasse".

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Uma fonte familiarizada com as decisões de Trump disse que Bolton apresentava diferenças com outros nomes importantes da Casa Branca, particularmente com o chefe de gabinete da Casa Branca, Mick Mulvaney.

"Ele não joga de acordo com as regras", afirmou a fonte.

O enviado dos Estados Unidos na Coreia do Norte, Stephen Biegun, está entre os nomes cotados para substituir Bolton como assessor de segurança nacional.

"Biegun, assim como Pompeo, compreende que o presidente é o presidente, que ele toma decisões", disse uma fonte ligada à Casa Branca.

O vice-secretário de Estado norte-americano, John Sullivan, que está cotado para ser nomeado embaixador dos EUA na Rússia, também é considerado na disputa.

A porta-voz da Casa Branca Stephanie Grisham disse que "muitas, muitas questões" levaram Trump à decisão de pedir a renúncia de Bolton, mas não deu mais detalhes.

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