A promotoria do condado de Fulton, no estado da Geórgia, abriu uma investigação contra o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump para apurar sua tentativa de reverter os resultados das eleições de novembro de 2020.
As informações foram reveladas nesta quarta-feira (10) pelo jornal americano "The New York Times".
Segundo a publicação, a procuradora Fani Willis, do Partido Democrata, enviou uma carta a vários funcionários eleitorais da Geórgia, incluindo o secretário de Estado Brad Raffensperger, pedindo que guardem os documentos relacionados à pressão feita por Trump durante um telefonema para impedir a certificação da vitória de seu rival, Joe Biden.
Na ligação, em 2 de janeiro, o republicano pediu para Raffensperger encontrar "votos suficientes" para reverter sua derrota eleitoral, além de ameaça-lo com consequências criminais.
O secretário e o conselheiro geral de seu escritório, por sua vez, rejeitaram os pedidos de Trump e confirmaram que Biden teve uma vitória "justa e precisa" no estado.
Desde que perdeu a eleição presidencial, o magnata afirmou ter sido vítima de fraude eleitoral, sem apresentar provas. Especialistas, inclusive, alegam que não existe nenhuma evidência de fraude.
Com o inquérito, a Geórgia torna-se o segundo estado, depois de Nova York, onde Trump corre risco de ir a julgamento.
