O presidente eleito dos Estados Unidos Donald Trump informou nesta segunda-feira que escolheu a parlamentar republicana Elise Stefanik para servir como embaixadora dos EUA na ONU.
"Tenho a honra de nomear a deputada Elise Stefanik para servir em meu gabinete como embaixadora dos EUA nas Nações Unidas. Elise é uma lutadora incrivelmente forte, dura e inteligente do (movimento) America First (América em Primeiro Lugar)", disse Trump em comunicado.
Parlamentar do Estado de Nova York, formada em Harvard e presidente da Conferência Republicana da Câmara dos Deputados, Stefanik, de 40 anos, tem sido uma feroz aliada de Trump. Ela disse em uma publicação no X que aceitou a indicação.
"O trabalho que temos pela frente é imenso porque vemos o antissemitismo disparar, junto com quatro anos de liderança catastroficamente fraca dos EUA, que enfraqueceu significativamente nossa segurança nacional e diminuiu nossa posição aos olhos de aliados e adversários", disse Stefanik.
"Estou pronta para promover a restauração da paz America First pelo presidente Donald J. Trump através de uma liderança forte no cenário mundial no primeiro dia nas Nações Unidas", disse ela.
A nomeação de Stefanik está sujeita à aprovação do Senado, o que é esperado após seus colegas republicanos recuperaram o controle da Casa nas eleições da semana passada.
A ONU tem se planejado para o retorno de Trump e cortes no financiamento e no envolvimento dos EUA com o órgão mundial que provavelmente virão com seu segundo mandato de quatro anos como presidente.
Um recuo dos EUA na ONU poderia abrir as portas para a China, que vem aumentando sua influência na diplomacia global e, assim como os Estados Unidos, é um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU.
Trump ofereceu poucos detalhes específicos sobre a política externa do seu segundo mandato, mas seus apoiadores afirmam que a força de sua personalidade e sua abordagem de "paz por meio da força" ajudarão a submeter líderes estrangeiros à sua vontade. Ele prometeu resolver a guerra na Ucrânia e espera-se que dê forte apoio a Israel em seus conflitos com o Hamas e o Hezbollah em Gaza e no sul do Líbano.
Uma das principais preocupações da ONU gira em torno da decisão a ser tomada pelos Estados Unidos sobre contribuir com menos dinheiro para o órgão mundial de 193 membros e se os EUA vão se retirar das principais instituições e acordos multinacionais, incluindo a Organização Mundial da Saúde e o acordo climático de Paris. Durante o primeiro mandato de Trump, os EUA se retiraram do acordo climático e anunciaram planos para deixar a OMS.
O embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, parabenizou Stefanik por sua indicação nesta segunda-feira.
"Em um momento em que o ódio e as mentiras enchem os corredores da ONU, sua clareza moral inabalável é mais necessária do que nunca. Desejo-lhe sucesso ao defender com firmeza a verdade e a justiça", disse, em uma publicação no X.
Stefanik assumiu uma posição de liderança republicana na Câmara em 2021, quando foi eleita para substituir a então deputada Liz Cheney, destituída por criticar as contínuas alegações falsas de fraude eleitoral de Trump.