O presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira que a situação em Hong Kong é complicada, mas que espera que termine sem feridos ou mortos.
Trump citou inteligência americana dizendo que o governo da China está movendo tropas para a fronteira com Hong Kong e pediu calma, enquanto seguem os conflitos entre manifestantes e autoridades na antiga colônia britânica.
Não ficou imediatamente claro se Trump se referiu a novas movimentações de tropas ou as que já haviam sido publicadas pela imprensa. "Nossa inteligência nos informou que o governo chinês está movendo tropas à fronteira com Hong Kong. Todos devem ficar calmos e seguros", tuitou.
"O negócio de Hong Kong é uma situação bem difícil - bem difícil", Trump disse a repórteres, mais cedo, durante visita a Morristown, Nova Jérsei. "Vamos ver o que acontece".
"É uma situação muito complicada. Acho que se resolverá e espero que se resolva a favor da liberdade. Espero que se resolva bem para todos, incluindo a China", disse Trump. "Espero que se resolva pacificamente. Espero que ninguém se machuque. Espero que ninguém seja morto".
O Departamento de Estados dos EUA disse que o secretário de Estado, Mike Pompeo, e o principal diplomata chinês, Yang Jiechi "tiveram uma extensa troca de visões sobre as relações entre China e EUA", nesta terça-feira. A reunião aconteceu em Nova York, mas não entrou em detalhes sobre ela.
A imprensa estatal da China publicou esta semana que o país asiático está reunindo a Polícia Armada do Povo e conduzindo exercícios na cidade próxima de Shenzhen, aumentando o temor de que Pequim possa intervir para reprimir os protestos.
A guarnição do Exército da Liberação do Povo em Hong Kong publicou um vídeo recente mostrando tropas conduzindo exercícios anti-tumultos contra manifestantes e seu principal comandante na cidade alertando que a violência é absolutamente inadmissível.
Na terça-feira, oficiais americanos disseram à Reuters que a China negou o pedido para que dois navios da marinha dos EUA visitassem Hong Kong nas próximas semanas. Os oficiais afirmaram que, embora os motivos da recusa não tenham sido especificados, esse tipo de resposta não é sem precedentes.
A última vez que a China negou uma visita a Hong Kong pelo mar foi para o navio de assalto Wasp, em setembro de 2018.