Trump reaparece em evento conservador e faz críticas a Biden

Republicano ainda afirmou que não fundará novo partido

1 mar 2021 - 10h11
(atualizado às 10h41)

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump fez um discurso na noite deste domingo (28) durante o a Conferência da Ação Política Conversadora (CPAC) em Orlando, na Flórida, e usou sua longa fala para atacar o atual mandatário, o democrata Joe Biden, e para dizer que não vai fundar um novo partido.

Trump discursou no maior evento dos conservadores norte-americanos
Trump discursou no maior evento dos conservadores norte-americanos
Foto: AFP / Ansa - Brasil

Usando os superlativos de sempre, Trump afirmou que Biden "teve o mês mais desastroso de um presidente da história moderna" e que os EUA passaram de "América primeiro para América por último", usando seu slogan da época presidencial.

Publicidade

Entre as críticas, estão as ações do democrata para reverter as ordens sobre a separação de migrantes na fronteira com o México e também sobre a construção do muro no local. Ao citar os atos, Trump disse que o muro "era incrível" e que deixavam a área como "a fronteira mais segura da história".

Como fazia na campanha presidencial, sempre usando os superlativos, o republicano voltou a dizer que há uma fluxo "enorme" de migrantes nesse primeiro mês - sempre sem apresentar provas - e que há pessoas "perigosas" chegando.

Voltando a falar que ganhou as eleições de 2020, situação rechaçada em mais de 50 ações judiciais, Trump disse que pode voltar "a bater eles pela terceira vez" e que "faltou coragem" à Suprema Corte para dar a vitória para ele. Atualmente, a maior instância judicial dos EUA é formada por seis conservadores e três liberais.

"Venceremos no Senado e depois um presidente republicano fará um retorno triunfal à Casa Branca", acrescentou no maior evento anual dos conservadores norte-americanos.

Publicidade

Já sobre os rumores de que sairia do Partido Republicano para fundar uma nova sigla, o ex-presidente afirmou que "isso são notícias falsas" e que não faria isso "para não dividir os votos" dos conservadores.

Sobre as redes sociais, Trump voltou a defender uma maior regulamentação e punição das chamadas "big techs", algo que tentou implantar no fim de seu mandato, e ressaltou que "elas devem ser punidas quando silenciarem as vozes dos conservadores". "E se o governo federal não fizer, que o façam os estados individualmente", acrescentou.

Atualmente, o próprio Trump foi banido de diversas redes sociais por conta das postagens de 6 de janeiro ao apoiar os manifestantes que invadiram o Capitólio, em situação que lhe provocou o segundo processo de impeachment - algo inédito na história norte-americana.

Mesmo que tenha postado, após algumas mensagens, um vídeo pedindo que os apoiadores voltassem para casa, o estrago já havia sido feito. A invasão acabou com cinco mortes diretas e mais três suicídios (dois de agentes que atuavam na segurança do prédio federal e um de um acusado). .

Publicidade
Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações