Trump se retira novamente do acordo do clima de Paris

20 jan 2025 - 19h49
(atualizado às 21h23)

O presidente Donald Trump retirou nesta segunda-feira mais uma vez os Estados Unidos do acordo do clima de Paris, retirando o maior emissor histórico do mundo dos esforços globais de combate às mudanças climáticas pela segunda vez em uma década.

A decisão colocará os Estados Unidos ao lado do Irã, da Líbia e do Iêmen como os únicos países do mundo fora do pacto de 2015, pelo qual os governos concordaram em limitar o aquecimento global a 1,5 grau Celsius acima dos níveis pré-industriais para evitar os piores impactos das mudanças climáticas.

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O movimento reflete o ceticismo de Trump em relação ao aquecimento global, que ele chamou de farsa, e se encaixa em sua agenda mais ampla para liberar a exploração de petróleo e gás dos EUA de regulamentações para maximizar a produção.

Trump assinou a decreto de retirada do pacto em frente a apoiadores reunidos na Capital One Arena, em Washington.

Apesar da retirada dos EUA, o secretário-geral da ONU, António Guterres, está confiante que cidades, Estados e empresas dos EUA "continuarão a demonstrar visão e liderança, trabalhando para o crescimento econômico resiliente e de baixo carbono que criará empregos de qualidade", disse a porta-voz associada da ONU, Florencia Soto Nino, em uma declaração por escrito.

"É fundamental que os Estados Unidos continuem sendo líderes em questões ambientais", disse. "Os esforços coletivos do Acordo de Paris fizeram a diferença, mas precisamos ir muito mais longe e mais rápido juntos."

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Trump também retirou os EUA do acordo de Paris durante seu primeiro mandato, mas o processo levou anos e foi imediatamente revertido por Biden em 2021. A retirada, desta vez, deve levar menos tempo -- apenas um ano -- porque Trump não estará vinculado ao compromisso inicial de três anos do acordo.

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