Trump vai retirar EUA do acordo climático de Paris pela 2ª vez

Documento foi divulgado pela Casa Branca em dia de posse

20 jan 2025 - 15h37
(atualizado às 16h00)

O 47º presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai retirar o país do acordo climático de Paris, segundo um documento da Casa Branca divulgado nesta segunda-feira (20).

    De acordo com o texto, separado em quatro partes, o objetivo do magnata é tornar a "América segura outra vez", reduzir os preços e retomar o domínio do mercado de energia, "drenar o pântano", em referência à política de Washington, e trazer de volta os "valores americanos".

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    Além disso, cita a saída do acordo como uma medida para "libertar" o setor de energia do país ao encerrar "as políticas de extremismo climático de Biden". "O presidente Trump declarará uma emergência energética e utilizará todos os recursos necessários para construir infraestruturas críticas", diz o documento.

    A Casa Branca reforça que "as políticas energéticas do presidente Trump acabarão com o arrendamento de enormes parques eólicos que degradam as nossas paisagens naturais e não servem os consumidores de energia americanos".

    Com a medida, o líder americano irá remover o maior emissor do mundo do pacto global para combater as mudanças climáticas pela segunda vez em uma década. Entre outros pontos, o acordo prevê a redução da emissão de gases tóxicos e a temperatura global abaixo de 2ºC em relação aos níveis pré-industriais.

    O republicano retirou os EUA do acordo em seu primeiro mandato, em 2019, mas a medida só se tornou efetiva em 4 de novembro de 2020 por conta de regras do documento assinado. O republicano é um entusiasta dos antigos métodos de produção de energia, como o uso de carvão e petróleo, e considera o pacto mundial como "danoso" ao país, além de questionar as mudanças climáticas.

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    No entanto, após ter sido derrotado nas eleições presidenciais de 2020, Joe Biden devolveu os Estados Unidos ao acordo climático, em uma das primeiras medidas anunciadas pelo governo democrata.

    A maior potência econômica e militar é atualmente o segundo maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, atrás da China, e sua saída prejudica a meta global de reduzir essas emissões. .

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