Autoridades tunisianas prenderam mais de 20 suspeitos após o atentado ao Museu Bardo, quando homens armados mataram turistas estrangeiros, levando a uma operação de segurança em todo o país, afirmou o governo, neste sábado (21).
Centenas de tunisianos se reuniram hoje, para uma missa na catedral em Túnis. Acendendo velas em memória das vítimas – 20 turistas estrangeiros e três tunisianos – em uma cerimônia que contou com a presença de ministros do governo.
Do lado de fora, havia uma forte presença policial ao longo da avenida central Habib Bourguiba, na capital. Mas a cidade estava calma, dando continuidade a um festival musical, com concertos no centro da cidade.
O atentado da última quarta-feira – o ataque mais mortal envolvendo estrangeiros na Tunísia desde o atentado suicida de 2002, em Djerba – aconteceu em um momento delicado para um país, cuja democracia plena é recente e foi instaurada após um levante popular, há quatro anos.
O governo disse que os dois homens atiradores foram treinados em campos jihadistas, na Líbia, antes do ataque ao museu, que fica dentro do complexo do parlamento tunisiano e que é fortemente protegido.
Visitantes japoneses, franceses, poloneses, italianos e colombianos estão entre as vítimas.
As autoridades prenderam mais de 20 suspeitos militantes, incluindo dez pessoas que se acredita estarem diretamente envolvidos no ataque ao Bardo, afirmou o porta-voz do Ministério do Interior, Mohamed Ali Aroui.
“Há uma grande campanha contra os extremistas”, disse ele.
O Ministério do Interior também divulgou uma fotografia de outro suspeito e pediu aos tunisianos para ajudar com informações. O governo planeja colocar o exército nas ruas das principais cidades para melhorar a segurança após o tiroteio.
Militantes do Estado Islâmico assumiram a responsabilidade pelo atentado, mas contas em redes sociais vinculadas a um grupo tunisiano afiliado a Al Qeda também publicaram detalhes que pretendiam ser sobre a operação.