Tunísia quer fechar mesquitas, TVs e sites após atentados

19 jul 2014 - 22h51
<p>Um grupo extremista ligado a Al-Qaeda assumiu a autoria do ataque em Monte Chaambi, no último dia 16</p>
Um grupo extremista ligado a Al-Qaeda assumiu a autoria do ataque em Monte Chaambi, no último dia 16
Foto: Paul Schemm / AP

O primeiro-ministro da Tunísia, Mehdi Juma, ordenou o fechamento de mesquitas que "escapam ao controle do Estado", além de rádios e televisões "clandestinas" e páginas da internet que "incitam à Jihad e divulgam o ódio."

O chefe do governo tunisiano anunciou neste sábado estas medidas através da agência oficial de imprensa TAP, ao término de uma reunião de um gabinete de crise criado após os atentados que deixaram 15 soldados mortos e 25 feridos no último dia 16.

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Juma anunciou a decisão de fechar as mesquitas que escapam ao controle do Estado - "especialmente aquelas nas quais foram realizados os atentados" da quarta-feira passada -, quando seguidores da doutrina salafista festejaram em público o "sucesso" dos atentados.

Da mesma forma, o primeiro-ministro decidiu o fechamento de rádios, televisões "clandestinas" e sites que "incitam à jihad, ou Guerra Santa, e divulgam o ódio", controladas pelos círculos de extremistas religiosos.

Juma também preveniu as pessoas, grupos, partidos e instituições "que põem em dúvida a credibilidade das instituições militar e de segurança que podem ser levados à Justiça."

Os atentados simultâneos que mataram 15 soldados e feriram 25 no monte de Chaambi da região de Kaserin, na fronteira com a Argélia, iniciaram uma onda de críticas na imprensa e manifestações cidadãs pacíficas contra o terrorismo nas principais cidades do país.

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