Ucrânia acusa Rússia de novo ataque com mísseis e drones

EUA anunciaram novo pacote de armas para Kiev

13 dez 2024 - 11h17
(atualizado às 11h31)

A Ucrânia acusou a Rússia de lançar um ataque massivo contra o país na manhã desta sexta-feira (13), com 93 mísseis, incluindo ao menos um norte-coreano, e cerca de 200 drones, que atingiram algumas de suas principais usinas termoelétricas.

    O bombardeio ocorre no momento em que o território ucraniano tem sofrido com apagões constantes causados pelos russos e os Estados Unidos anunciaram um novo pacote de ajuda militar a Kiev Segundo informação do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, divulgada em sua conta no Telegram, as forças de seu governo abateram 81 mísseis. "Trata-se de um dos maiores ataques contra o nosso setor energético", afirmou.

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    Em junho deste ano, as forças russas já haviam feito uma ofensiva de larga escala contra infraestruturas energéticas no oeste e no sul da Ucrânia, onde mais de 20 mil pessoas ficaram sem energia devido aos bombardeios.

    "O inimigo continua a aterrorizar. Mais uma vez, o setor energético em toda a Ucrânia foi alvo de um ataque massivo", declarou em nota o Ministério da Energia ucraniano, acrescentando que as centrais térmicas de Dtek, a maior rede privada do país, foram "gravemente danificadas" pelos mísseis russos.

    Em resposta aos ataques do governo de Vladimir Putin, os Estados Unidos confirmaram um novo aporte de armamentos à Ucrânia no valor de US$ 500 milhões.

    De acordo com comunicado do Departamento de Estado americano, "os fornecimentos incluem munições para lançadores de foguetes de precisão Himars, munições de artilharia, drones, veículos blindados e equipamentos de proteção contra ataques químicos, biológicos, radiológicos e nucleares, juntamente com outros equipamentos.

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    Esta última parcela de ajuda ocorre após o governo Biden anunciar outros dois pacotes no início do mês, um de US$ 988 milhões e outro de US$ 725 milhões. A administração do atual governo tenta fornecer o máximo de auxílio possível à Ucrânia antes da posse do presidente eleito, Donald Trump.

    Na última quinta (12), o republicano declarou que não concorda que a Ucrânia dispare mísseis fornecidos pelos EUA para atacar a Rússia.

    Citado pela agência Tass, o Ministério da Defesa russo disse que atacou a Ucrânia "em resposta ao uso de armas americanas de longo alcance", referindo-se aos mísseis Atacms que, segundo Moscou, as forças de Kiev lançaram recentemente em seu território.

    Por sua vez, o vice-premiê da Itália e ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, comentou sobre a nova ofensiva da Rússia, afirmando que "ainda é muito prematuro falar de equipes de paz na Ucrânia".

    No entanto, ele reforçou o empenho do país na busca de um cessar-fogo definitivo na região através de uma conferência de paz com a presença de vários participantes, dentre eles, o Brasil.

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    "Estamos conversando com vários interlocutores na esperança de realizarmos uma conferência de paz que possa alcançar um resultado positivo. China, Índia e Brasil, além da própria Rússia, deveriam participar para que mais países pressionem Moscou a aceitar soluções mais brandas", concluiu Tajani.

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