O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, disse nesta segunda-feira que conversou sua correspondente, a ministra alemã Annalena Baerbock, sobre a "necessidade de uma ação decisiva" em resposta ao envolvimento da Coreia do Norte na guerra com a Rússia.
"Pedimos para a Europa entender que as tropas da RPDC estão agora conduzindo uma guerra agressiva na Europa contra um Estado europeu soberano", disse em coletiva após o encontro com Baerbock em Kiev, referindo-se à Coreia do Norte pela sigla de seu nome oficial.
Posteriormente, em seu discurso noturno, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, afirmou que uma reunião dos principais comandantes analisou um relatório da inteligência ucraniana sobre a presença de tropas norte-coreanas na Rússia. Ele reiterou seu apelo por uma resposta mais forte dos aliados ocidentais da Ucrânia.
"Já são 11 mil na região de Kursk", disse Zelenskiy, referindo-se à região no sul da Rússia onde tropas ucranianas capturaram partes do território desde uma incursão em agosto.
"Vemos um aumento de norte-coreanos, mas não vemos nenhum aumento na reação de nossos parceiros."
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, disse que Washington permanece "extremamente preocupado com a parceria entre a Coreia do Norte e a Rússia".
Segundo Miller, até 10 mil soldados norte-coreanos foram enviados para Kursk e podem entrar em combate nos próximos dias, aumentando estimativa anterior dos EUA de 8 mil.