Ucrânia quer atrair de volta refugiados que foram para a Alemanha

20 jan 2025 - 11h16

Alemanha é principal destino dos que fogem da guerra e recebeu mais de 1,1 milhão de ucranianos desde início da invasão russa. Kiev diz precisar de ajuda para reconstruir o país e acena com dispensa do serviço militar.Fortemente afetada por quase três anos de invasão russa e penando para manter sua infraestrutura de pé em meio ao conflito, a Ucrânia prepara uma ofensiva para tentar atrair de volta refugiados que se fixaram na Alemanha.

Muitos ucranianos consideram voltar para casa, assegura governo do país
Muitos ucranianos consideram voltar para casa, assegura governo do país
Foto: DW / Deutsche Welle

A maior economia da União Europeia é o principal destino dos refugiados ucranianos, tendo acolhido 1,1 milhão deles desde o início da invasão, em fevereiro de 2022.

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O plano prevê a abertura de centros, inicialmente em Berlim e depois em outras cidades alemãs, para preparar o retorno desses refugiados, ajudando-os a encontrar uma moradia ou uma capacitação profissional.

"Uma quantidade considerável de ucranianos considera seriamente voltar para casa", afirmou o vice-primeiro-ministro da Ucrânia, Oleksiy Chernyshov.

Ele, que esteve em Berlim na semana passada para os preparativos do centro, chefia o Ministério da Unidade Nacional, criado em dezembro para gerenciar a volta dos refugiados.

População encolheu drasticamente nos últimos 30 anos

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Cerca de 32 milhões de pessoas vivem hoje na parte do território ucraniano sob controle das tropas de Kiev - 20 milhões a menos que em 1991, época da desintegração da União Soviética.

O governo estima que entre 20 milhões e 25 milhões de ucranianos vivam no exterior.

Segundo Chernyshov, o país precisa principalmente de mão de obra no setor de defesa e energia, mas também para a reconstrução do país. Ele prometeu que aqueles que trabalharem nesses setores críticos terão dispensa garantida do Exército.

Mas a Ucrânia não sofre apenas com a falta de mão de obra: há também falta de reservistas. Em abril do ano passado, o governo anunciou que deixaria de prestar serviços consulares a cidadãos do sexo masculino que vivem no exterior, numa tentativa de forçá-los a voltar e servir no Exército.

Kiev também promete mobilizar os centros de apoio em Berlim e outras cidades alemãs para apoiar cidadãos que queiram permanecer na Alemanha, ajudando-os a encontrar um trabalho ou qualificação profissional. "Eles não devem ser um peso para o governo [alemão]", frisou Chernyshov.

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Em junho de 2024, 717 mil refugiados ucranianos recebiam o benefício social alemão Bürgergeld, incluindo 212 mil pessoas fora da idade de trabalho, em geral crianças. Quase 27% dos refugiados ucranianos encontraram trabalho, segundo os dados do governo alemão.

ra/as (dpa, DW, ots)

A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.
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