A Comissão Europeia fechou nesta terça-feira(17) um acordo com a empresa farmacêutica alemã CureVac para garantir a compra de mais 405 milhões de doses de uma candidata a vacina contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) para todos os Estados-membros da União Europeia (UE).
O novo acordo prevê a compra inicial de 225 milhões de doses do potencial imunizante em nome de todos os países do bloco, além de uma opção para solicitar até 180 milhões de doses adicionais, a serem fornecidas quando a vacina for comprovada como segura e eficaz contra a Covid-19.
"Vamos autorizar um novo contrato para assegurar mais uma vacina para a Covid-19 para os cidadãos europeus, que nos vai permitir adquirir até 405 milhões de doses da vacina produzida pela empresa europeia CureVac", anunciou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. O preço acordado para a vacina, no entanto, não foi divulgado.
Segundo von der Leyen, "este é o quinto contrato com uma empresa farmacêutica para o portfólio de vacinas" da UE.
A presidente da Comissão Europeia ainda ressaltou que está trabalhando em um sexto acordo de compra antecipada com a Moderna. Ontem (16), a farmacêutica americana Moderna afirmou que sua vacina poderá ser 94,5 eficaz, segundo os dados preliminares dos ensaios clínicos.
"O coronavírus continua a espalhar-se rapidamente na Europa e precisamos de uma vacina segura e eficaz para acabar com esta pandemia", finalizou ela.
A CureVac é uma empresa sediada na Alemanha, que em julho assinou um contrato de empréstimo de 75 milhões de euros com o Banco Europeu de Investimento para o desenvolvimento e produção em larga escala de vacinas, incluindo contra a Covid-19. A farmacêutica usa a nova tecnologia de RNA mensageiro (mRNA). Esse tipo de vacina é desenvolvido com uma parte de código genético que treina o sistema imunológico para reconhecer a proteína 'spike' do vírus.
Com o contrato de hoje, a UE amplia o portfólio de vacinas a serem produzidas para o bloco, após os acordos assinados com a AstraZeneca, Sanofi-GSK, Janssen e BioNtech-Pfizer, e as negociações com a Moderna.
Em todos os casos, uma vez que as vacinas provarem sua eficácia, os Estados-membros da UE poderão decidir fazer uma doação para países de baixa e média renda ou redirecionar os imunizantes para outros países europeus.