O Parlamento de San Marino, pequeno enclave independente situado no centro-norte da Itália, aprovou na última quarta-feira (31) uma lei que descriminaliza o aborto no país até a 12ª semana de gestação.
O texto recebeu 32 votos a favor e sete contrários, além de 10 abstenções, e dá sequência ao plebiscito de 26 de setembro de 2021, quando 77% dos eleitores disseram "sim" à descriminalização da interrupção voluntária da gravidez.
Até a última quarta, a prática do aborto era passível de punição com até seis anos de cadeia em San Marino, um Estado confessional católico. A Itália, país ao qual a vida são-marinense está profundamente ligada, permite a interrupção da gravidez desde a década de 1970.
"Festejamos, mas devemos estar cientes de que é apenas um ponto de partida", disse a União das Mulheres São-Marinenses (UDS), promotora do plebiscito do ano passado.