Um ano após primeiro lockdown, Reino Unido lamenta mortos da Covid-19

23 mar 2021 - 10h12

Exatamente um ano depois de terem recebido ordens de ficar em casa para conter a disseminação da Covid-19, os britânicos lembrarão as mais de 126 mil pessoas que perderam a vida para o vírus, um número que poucos teriam imaginado em março de 2020.

Velas são acesas na catedral de Blackburn para marcar um ano do primeiro lockdown contra a Covid-19 no Reino Unido
23/03/2021 REUTERS/Molly Darlington
Velas são acesas na catedral de Blackburn para marcar um ano do primeiro lockdown contra a Covid-19 no Reino Unido 23/03/2021 REUTERS/Molly Darlington
Foto: Reuters

As pessoas estão sendo convidadas a observar um minuto de silêncio ao meio-dia para homenagear os mortos e a ficarem nas entradas das casas às 20h segurando velas ou tochas.

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Dados oficiais mostram que, no dia 23 de março de 2020, quando o primeiro-ministro, Boris Johnson, chocou a nação ordenando que as pessoas ficassem em casa e fechando a maior parte da economia, menos de mil britânicos haviam sucumbido ao novo coronavírus.

Agora, o número de pessoas que se sabe terem morrido no Reino Unido até 28 dias depois de serem diagnosticadas com Covid-19 é de 126.172 - o maior da Europa e o quinto maior do mundo.

Seis milhões de pessoas perderam entes queridos, de acordo com a instituição de caridade de cuidados paliativos Marie Curie, que está organizando vários dos eventos desta terça-feira.

O último ano levou muitas pessoas ao limite e além com seus lockdowns recorrentes, a separação forçada de familiares e amigos, meses de aulas em casa para milhões de crianças e setores inteiros parados e lutando pela sobrevivência.

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Embora a nação como um todo compartilhe estas agruras, o foco desta terça-feira está nos que não sobreviveram e nos que ficaram para trás.

"Os últimos 12 meses cobraram um preço alto de todos nós, e ofereço minhas condolências sinceras àqueles que perderam entes queridos", disse Johnson, que também ficou seriamente doente de Covid-19 em abril de 2020 e passou três noites em uma unidade de tratamento intensivo.

"Hoje, o aniversário do primeiro lockdown, é uma oportunidade para refletir sobre o ano passado - um dos mais difíceis da história do nosso país", disse ele em um comunicado.

De noite, locais de destaque de todo o Reino Unido, do London Eye, Trafalgar Square e o Estádio Wembley ao Castelo de Cardiff e a prefeitura de Belfast, ficarão iluminados com luzes amarelas como símbolo de esperança e apoio aos enlutados.

"Vamos passar um momento juntos para lembrar aqueles que se perderam, para agradecer por suas vidas e para reconhecer a dor inexprimível da partida", disse o príncipe Charles, o herdeiro do trono, em uma mensagem de vídeo.

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((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447759)) REUTERS ES

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