União Africana pede ajuda ao G20 para produção de vacinas

Chanceleres do grupo estão reunidos no sul da Itália

29 jun 2021 - 12h32
(atualizado às 12h53)

A União Africana pediu nesta terça-feira (29) ajuda do G20 para aumentar a capacidade de produção de vacinas contra o novo coronavírus no continente.

Christophe Lutundula durante cúpula da coalizão anti-EI em Roma, na Itália, em 28 de junho
Christophe Lutundula durante cúpula da coalizão anti-EI em Roma, na Itália, em 28 de junho
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

O apelo foi lançado durante uma cúpula dos ministros das Relações Exteriores do grupo em Matera, no sul da Itália, da qual a União Africana participa como convidada.

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"São necessárias ações urgentes para inverter a tendência atual, principalmente no desenvolvimento da capacidade de produção local de vacinas", disse o ministro das Relações Exteriores da República Democrática do Congo, Christophe Lutundula, cujo país exerce a presidência rotativa da União Africana.

Lutundula discursou sem a presença de intérpretes do idioma francês, mas disse esperar que sua mensagem chegue aos colegas da mesma maneira. O ministro também pediu apoio para impulsionar a capacidade de rastreio de casos de Covid-19 na África, especialmente nos países "que não dispõem de produtos ou laboratórios".

"Apenas assim poderemos ajudar os países africanos a enfrentar o choque da pandemia e a relançar suas economias, pelo bem da comunidade internacional", reforçou.

Segundo o portal Our World in Data, das 3 bilhões de doses da vacinas anti-Covid já aplicadas no mundo, apenas 50 milhões (1,66%) correspondem à África, que reúne cerca de 15% da população global.

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Ainda durante o G20 das Relações Exteriores, o chanceler da China, Wang Yi, que participou por meio de videoconferência, pediu que os países ricos evitem restrições a exportações para eliminar o "abismo na imunização" entre as nações.

Yi ainda lembrou que Pequim já forneceu 450 milhões de doses a cerca de 100 países. Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, acusou China e Rússia de usarem a "diplomacia da vacina para obter vantagens geoestratégicas em curto prazo".   

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