Eleitores do Uruguai, na América do Sul, conhecido por suas praias, maconha legalizada e estabilidade, foram às urnas neste domingo, 24, para um segundo turno presidencial entre moderados que encerra um ano excelente para eleições globais.
A votação no pequeno país de 3,4 milhões de pessoas vê o candidato da oposição de centro-esquerda Yamandu Orsi enfrentar o candidato conservador, Álvaro Delgado, que tem o apoio de um aliado em terceiro lugar.
Antes da eleição deste domingo, pesquisas de opinião sugeriam que o segundo turno de 24 de novembro prometia ser muito acirrado, com menos de 25.000 votos potencialmente separando os dois concorrentes.
Ao contrário das acentuadas divisões entre direita e esquerda nas eleições recentes na Argentina, Brasil ou México, a arena política do Uruguai está relativamente livre de tensões, com sobreposição significativa entre as coalizões conservadoras e liberais que disputam o poder.
As seções eleitorais abriram às 8h (11h00 GMT) e fecham às 19h30, horário local, com os primeiros resultados esperados duas horas depois.
Alto custo de vida, desigualdade e crimes violentos estão entre as maiores preocupações dos uruguaios, mas a inflação vem diminuindo, e tanto o emprego quanto os salários reais estão aumentando.
O presidente Luis Lacalle Pou, que pertence ao Partido Nacional de Delgado, é popular, mas não pode concorrer à reeleição imediata devido a regras constitucionais.
Orsi, que prometeu uma abordagem política de "esquerda moderna", ganhou 43,9% dos votos do primeiro turno de outubro para a Frente Ampla e enfrentará Delgado, que garantiu 26,8%, mas também tem o apoio do conservador Partido Colorado que, junto com seu Partido Nacional, compôs quase 42% dos votos. Os dois partidos fizeram o mesmo em 2019, vencendo a eleição.