Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) em hospitais que tratam pacientes de Covid-19 deveriam retirar seus aparelhos de ar condicionado para limitar o risco de infectar os médicos, mostrou um estudo de um importante instituto de pesquisa indiano.
Os profissionais de saúde da linha de frente de todo o mundo têm arcado com o maior fardo da crise do coronavírus. Mais de 500 médicos morreram de Covid-19 na Índia, a segunda nação mais afetada do mundo, onde as infecções se aproximam de oito milhões, sobrecarregando o sistema de saúde frágil e subfinanciado do país.
"A recirculação do ar pelos sistemas centralizados de ar condicionado é o que levou à infecção significativa de nossa fraternidade médica, e também levou às mortes de médicos e enfermeiros", disse o estudo do Instituto Indiano de Ciência de Bengaluru, considerado uma das melhores universidades científicas do país.
Reduzir a recirculação do ar e aumentar o uso do ar exterior podem diminuir o risco de disseminar o coronavírus em espaços fechados, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Estudos anteriores sugeriram que países em climas quentes deveriam ter cuidado para que ambientes fechados não fiquem secos por causa do resfriamento excessivo do ar condicionado, observando que manter os níveis de umidade interna entre 40% e 60% ajudará a limitar a transmissão aérea do vírus.
Onde o ar condicionado puder ser dispensado, as UTIs poderiam ser equipadas com ventiladores que puxem o ar para dentro e exaustores que suguem o ar infectado e o tratem com filtros de ar a base de sabão ou água bem quente antes de liberá-lo no exterior, acrescentou o estudo.