Vacina de Oxford pode ganhar primeiro lote até dezembro

Universidade já fechou acordo com multinacional sueco-britânica

30 abr 2020 - 10h23
(atualizado às 10h50)

A candidata a vacina contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) que está sendo testada pela Universidade de Oxford, do Reino Unido, pode ter seu primeiro lote disponibilizado até dezembro deste ano.

Elisa Granato, pesquisadora italiana, participa de teste de vacina contra Covid-19 em Oxford
Elisa Granato, pesquisadora italiana, participa de teste de vacina contra Covid-19 em Oxford
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

A previsão é de Pietro Di Lorenzo, CEO da empresa de biotecnologia italiana Advent-IRBM, que participa do estudo. Os testes em humanos começaram na semana passada, no Reino Unido, e a vacina ChAdOx1 já foi administrada em 320 voluntários.

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"Até dezembro, se todos os testes derem resultado positivo, haverá um primeiro estoque da vacina anti-Covid disponível para vacinação de algumas categorias mais frágeis", disse Di Lorenzo à ANSA. A primeira etapa de testes em humanos prevê a administração da vacina em cerca de 500 voluntários, e os resultados são esperados para maio.

Já a segunda fase envolverá 5 mil pessoas e pode começar em junho. A IRBM também anunciou um acordo entre o Instituto Jenner, da Universidade de Oxford, que conduz o experimento, com a multinacional sueco-britânica AstraZeneca, que será responsável pela produção e distribuição da vacina em nível mundial - as doses para testes foram feitas pela empresa italiana.

Segundo a IRBM, a parceria com a AstraZeneca prevê um modelo "sem fins lucrativos" enquanto durar a pandemia, que já infectou mais de 3,2 milhões de pessoas em todo o mundo e deixou cerca de 230 mil mortos.

A vacina de Oxford usa um adenovírus de chimpanzés contendo a proteína spike, usada pelo Sars-CoV-2 para agredir as células humanas, para estimular a produção de anticorpos.

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