O ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, afirmou nesta segunda-feira (16) que a vacinação em massa contra o coronavírus Sars-CoV-2 no país deve começar apenas no segundo semestre de 2021.
Em entrevista ao jornal La Stampa, Speranza confirmou que a Itália já terá doses para vacinar 1,7 milhão de pessoas em janeiro, mas esse lote será uma "cota mínima" para imunizar trabalhadores da área da saúde e de asilos.
"Prevejo que os primeiros dias de vacinação sejam organizados entre a terceira e a quarta semana de janeiro. Para a vacinação em massa, deveremos esperar o segundo semestre de 2021", declarou o ministro da Saúde.
Por meio da União Europeia, a Itália já garantiu acesso a pelo menos quatro vacinas contra o novo coronavírus: a da Universidade de Oxford, da Janssen (Johnson & Johnson), da Sanofi e do consórcio Biontech/Pfizer.
Além disso, outras duas candidatas 100% italianas estão em desenvolvimento pelas empresas de biotecnologia Reithera e Takis. O país é um dos mais atingidos pela pandemia em todo o mundo e já acumula quase 1,2 milhão de casos e mais de 45 mil mortes.
No entanto, segundo Speranza, técnicos do governo dizem que a curva de contágios "está se estabilizando". "Ainda é cedo, mas existem razões válidas para acreditar que as últimas medidas começaram a dar resultados", disse o ministro, acrescentando que os próximos 10 dias serão "decisivos".
Para conter a segunda onda da pandemia, o governo da Itália já colocou seis regiões (Calábria, Campânia, Lombardia, Piemonte, Toscana e Vale de Aosta) em lockdown e decretou toque de recolher noturno e fechamento de museus e escolas de ensino médio em todo o território nacional.