Variantes indiana e sul-africana do coronavírus são detectadas nas Américas

13 mai 2021 - 18h30

As quatro variantes mais preocupantes do coronavírus foram detectadas em praticamente todos os países e territórios das Américas, e, embora sejam mais transmissíveis, não há evidências de que sejam mais letais, disse nesta quinta-feira um especialista da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Paciente de Covid-19 é tratado em UTI de hospital em São Paulo
17/03/2021
REUTERS/Amanda Perobelli
Paciente de Covid-19 é tratado em UTI de hospital em São Paulo 17/03/2021 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

As vacinas que estão sendo administradas na região oferecem mais proteção contra as variantes, disse Jairo Mendez, especialista em doenças infecciosas da OMS, em um webinar da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

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"O que ainda não sabemos é se as pessoas totalmente vacinadas que não adoecem ainda podem espalhar o vírus para outras pessoas. Temos muito que aprender", afirmou Mendez.

A mais nova variante, a indiana B.1.617, foi detectada em casos em oito países das Américas, incluindo Canadá e Estados Unidos, disse ele.

Um caso está sob investigação e outros com as variantes eram viajantes no Panamá e na Argentina que haviam chegado da Índia ou da Europa.

A B.117 predominante no Reino Unido foi encontrada em casos relatados em 34 países ou territórios nas Américas, enquanto a variante sul-africana B.1.351 foi registrada em 17.

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A chamada variante P.1 de Manaus foi detectada até agora em 21 países, segundo o especialista da OMS.

"Essas variantes têm uma capacidade maior de transmissão, mas até agora não encontramos nenhuma consequência colateral", disse Mendez. "A única preocupação é que elas se espalham mais rápido."

As variantes estão associadas a maior mortalidade devido ao aumento do número de casos de Covid-19, mas não porque o vírus sofreu mutação para uma versão mais letal, explicou ele.

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