O Tribunal do Vaticano condenou neste sábado (23) o padre Carlo Alberto Capella, integrante do alto escalão diplomático da Igreja Católica, a cinco anos de prisão e ao pagamento de multa de 5 mil euros por posse e transmissão de material de pornografia infantil.
A pena ainda está abaixo do pedido pela Promotoria, que era de cinco anos e nove meses de reclusão e 10 mil euros de sanção. O tribunal também determinou o confisco do material apreendido com Capella, que ainda terá de cobrir as despesas processuais.
O julgamento havia iniciado na última sexta-feira (22), quando o padre admitiu os crimes, alegando que estava "em crise" por causa de sua transferência para a Nunciatura Apostólica (espécie de embaixada do Vaticano) em Washington, nos Estados Unidos.
No final do processo, ele pediu "compreensão". "Espero que essa situação possa ser considerada um incidente de percurso na minha vida sacerdotal, que amo ainda mais", declarou. Os crimes ocorreram durante uma visita de Capella à cidade de Windsor, no Canadá.
Segundo a denúncia, ele detinha e compartilhava "grandes quantidades" de material de pornografia infantil. O Canadá chegou a pedir sua prisão, mas o Vaticano preferiu julgá-lo por conta própria.