Venezuela liberta violinista que se tornou símbolo de protestos

16 ago 2017 - 08h36
(atualizado às 08h57)

Um jovem violinista que se tornou símbolo dos protestos antigoverno na Venezuela foi libertado na terça-feira depois de três semana de detenção, informou a Procuradoria-Geral do país.

Jovem violinista venezuelano Wuilly Arteaga, durante protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro, em Caracas 24/05/2017 REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Jovem violinista venezuelano Wuilly Arteaga, durante protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro, em Caracas 24/05/2017 REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Foto: Reuters

Wuilly Arteaga, de 23 anos, virou um dos rostos mais conhecidos das manifestações contra o impopular presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Ele executava o Hino Nacional mesmo em meio a disparos de gás lacrimogêneo e balas de borracha, durante protestos antigoverno que vêm abalando a nação há quatro meses e já deixaram mais de 120 mortos.

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Mas as manifestações diminuíram depois que uma polêmica Assembleia Constituinte, que vem sendo criticada globalmente como sinal de que a Venezuela está se tornando uma ditadura, foi empossada no início deste mês.

Arteaga foi solto na terça-feira, mas não se sabe em que condições, disse o recém-empossado procurador-geral Tarek Saab no Twitter, na noite de terça-feira.

O músico foi simplesmente deixado pela Guarda Nacional em uma praça de Caracas, disse o ativista Alfredo Romero, do grupo de direitos humanos Fórum Penal, acrescentando que seu grupo o estava procurando desde sua detenção em um protesto no dia 27 de julho.

Arteaga foi espancado por agentes com seu próprio instrumento, o que prejudicou sua audição, de acordo com Romero.

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"Eles queimaram seu cabelo com um isqueiro, o espancaram muito, e por isso ele não consegue escutar com o ouvido direito", disse Romero no final de julho.

A Venezuela está atravessando uma crise grave, e milhões de pessoas estão sofrendo com a escassez de alimentos e remédios e uma inflação em disparada.

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