Com muitos protestos e manifestações, o último mês de abril e o começo deste de maio foi de violência extrema em várias regiões da Venezuela, que enfrenta uma grave crise política e econômica. Só nesta quinta-feira, dia 4, por exemplo, duas pessoas morreram baleadas em atos. Ainda durante esta madrugada, um policial acabou morrendo no estado de Carabobo após disparos terem sido ouvidos.
Segundo a Procuradoria venezuelana, os motivos da morte de Gerardo Barrera, de 38 anos, ainda estão sendo investigados. Já um pouco mais tarde, tiros também tiraram a vida do presidente da Federação de Centros Universitários da Universidade Territorial José Antonio Anzoátegui, José López, de 33 anos. De acordo com a Procuradoria do país, o jovem estava em uma assembleia estudantil e, no fim, um dos participantes atirou e em seguida fugiu em uma moto.
Com as duas mortes, o número de falecimentos no país devido às manifestações passa de 30. No entanto, pelo clima tenso e confuso no país, ele acaba variando entre 33 e 36 dependendo da fonte.
Os protestos, que desde o começo de abril têm sido marcados por violentos confrontos entre manifestantes e policiais, se intensificaram ainda mais nesta semana após o presidente Nicolás Maduro ter anunciado e assinado o decreto para a convocação de uma Assembleia Constituinte.
A medida do mandatário tem como objetivo reformar a estrutura jurídica do Estado, no entanto, a oposição a chama de "fraude" porque, segundo ela, a Constituinte será usada para adiar as eleições para governadores, que deveriam ter sido realizadas no ano passado, e para prefeitos, que deveriam acontecer neste ano.