"Você realmente precisa ir a essa festa?", questiona OMS após aumento da Covid-19 entre jovens

5 ago 2020 - 11h17

Os jovens devem restringir seus instintos festivos para ajudar a prevenir novos surtos de Covid-19, disseram autoridades da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quarta-feira.

Mike Ryan, da OMS, em Genebra
03/05/2019 REUTERS/Denis Balibouse
Mike Ryan, da OMS, em Genebra 03/05/2019 REUTERS/Denis Balibouse
Foto: Reuters

Cansados de quarentenas e ansiosos para aproveitar o verão do Hemisfério Norte, os jovens de alguns países vêm contribuindo para o ressurgimento da doença ao se reunirem novamente para festas, churrascos e férias.

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Até mesmo em Genebra, onde o corpo de saúde da Organização das Nações Unidas está sediado, cabarés e casas noturnas foram fechadas na semana passada após evidências de que quase metade dos novos casos vinha desses locais.

"As pessoas mais jovens também precisam aceitar que têm uma responsabilidade", disse Mike Ryan, chefe de emergências da OMS e pai de três filhos, em uma conversa online. "Faça a si mesmo a pergunta: eu realmente preciso ir a essa festa?"

É menos provável que os jovens sofram uma forma grave da doença respiratória, mas a proporção de infectados com idades entre 15 e 24 anos aumentou três vezes em cerca de cinco meses, segundo dados da OMS.

Ryan disse que os jovens costumam ser reticentes em fornecer detalhes ou divulgar nomes de amigos para rastreamento. "É difícil, mas é o necessário para parar o vírus", afirmou ele.

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Os jornais suíços alegaram que, em uma boate em Zurique da qual surgiram casos recentemente, os frequentadores deram nomes falsos, incluindo "Pato Donald".

Além de reduzir os riscos para outros, a epidemiologista da OMS Maria Van Kerkhove disse que os jovens devem ter cuidado, pois mesmo uma versão leve da doença pode ter consequências a longo prazo.

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