WikiLeaks divulga foto de Julian Assange em avião com destino às Ilhas Marianas do Norte

Jornalista e ativista australiano foi solto da prisão de segurança máxima de Belmarsh, em Londres

25 jun 2024 - 08h42
(atualizado às 09h01)
Julian Assange
Julian Assange
Foto: Reprodução/X/@wikileaks

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, foi solto da prisão de segurança máxima de Belmarsh, em Londres, no Reino Unido, na segunda-feira, 24. Após ser libertado, a conta do WikiLeaks na rede social X (antigo Twitter) divulgou uma foto dele já no avião com destino às Ilhas Marianas do Norte, território ultramarino americano no Pacífico, com escala em Bangkok, na Tailândia

"Aproximando-se de Bangkok para reabastecimento. Mais perto da liberdade", diz a legenda da publicação.

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Após cinco anos preso, Assange deixou a cadeia após ter feito um acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que pleiteava sua extradição.

Ele aceitou se declarar culpado de uma acusação ligada à divulgação de milhares de documentos confidenciais do governo americano, em troca de uma pena de 62 meses de prisão, exatamente o tempo que ele passou encarcerado no Reino Unido.

Com isso, após a aprovação do acordo por um juiz federal dos EUA, Assange poderá retornar de imediato à Austrália. A audiência em um tribunal nas Ilhas Marianas do Norte está prevista para quarta-feira, 26, e o voo custou US$ 500 mil (cerca de R$ 2,7 milhões), segundo Stella Assange, esposa do ativista.

"Estou simplesmente eufórica. É incrível, parece irreal que ele esteja livre", disse a advogada em uma entrevista à BBC, acrescentando que o acordo será divulgado ao público assim que estiver homologado.

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"O calvário finalmente está chegando ao fim", reforçou Christine Assange, mãe do fundador do WikiLeaks. A libertação também foi comemorada pelo Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos, que deu as "boas-vindas" a uma "resolução definitiva do caso", e pela ONG Repórteres Sem Fronteiras, que falou no "fim de uma perseguição injusta e cruel".

Assange é acusado de 18 crimes ligados à divulgação de milhares de documentos secretos sobre as guerras no Afeganistão e no Iraque e, se fosse condenado por todos eles, poderia pegar até 175 anos de prisão. (*Com informações da Ansa).

Fonte: Redação Terra
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