O presidente da China, Xi Jinping, conversou de maneira virtual com seu homólogo francês, Emmanuel Macron, e com o chanceler alemão, Olaf Scholz, nesta terça-feira (8) e pediu uma "contenção máxima" do conflito na Ucrânia.
Uma das principais aliadas da Rússia, a nação disse que a situação "é preocupante" e que "deplora profundamente" a guerra na Europa. Conforme a emissora estatal "CCTV", Xi ainda afirmou que Pequim continua a apoiar o respeito "à soberania e a integridade de todos os países", mas também "considera legítimas as preocupações sobre a segurança" de Moscou.
"Todos os esforços para uma solução pacífica devem ser apoiados. [...] É preciso dar prioridade máxima para evitar que as tensões aumentem ou que a situação fuja de controle ", acrescentou ressaltando que é preciso "trabalhar juntos".
Segundo o mandatário, é preciso conter as consequências "que terão um impacto negativo sobre a estabilidade das finanças globais, de energia, dos transportes e das cadeias de fornecimento" que já foram muito impactadas pela pandemia de Covid-19.
Não houve declarações formais dos governos da Alemanha e da França.
A invasão russa na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro, coloca Pequim em uma situação bastante delicada no cenário internacional, já que os russos são grandes parceiros na política externa e na "oposição" aos Estados Unidos em diversos cenários.
Por outro lado, os chineses também vivem situações críticas com grupos de independência em seus territórios, especialmente, em Taiwan e Hong Kong. Defender uma invasão seria uma contradição ao seu discurso de soberania das nações constituídas.
Por isso, os chineses tentam manter uma certa neutralidade no conflito. .