Americano Walter James Palmer é acusado de ter matado Cecil, o leão mais famoso do país africano. Caso gerou uma onda de indignação entre zimbabuanos e também no exterior.
O governo do Zimbábue solicitou nesta sexta-feira (31) aos Estados Unidos a extradição do dentista americano Walter James Palmer, acusado de ter caçado ilegalmente o leão mais famoso do país, conhecido como Cecil. O caso gerou uma onda de indignação no país africano e também nas redes sociais em todo o mundo.
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O procedimento para solicitar a extradição para julgamento já foi iniciado, afirmou a ministra do Meio Ambiente, Oppah Muchinguri, que lamentou que o caso tenha sido revelado quando o caçador já havia deixado o país africano. Ela disse que 500 mil pessoas exigem a extradição do dentista.
Segundo a Força Especial para a Conservação de Zimbábue (ZCTF, na sigla em inglês), Palmer participou em 6 de julho de uma caçada noturna no Parque Nacional de Hwange, no oeste do país.
O leão Cecil, de 13 anos, foi atraído para fora do parque, onde, em tese, não seria mais ilegal caçá-lo. O dentista admite ter matado Cecil, mas afirma ter confiado nos seus dois guias e que, por isso, acreditava que a caça era legal e contava com "todas as permissões" necessárias.
Palmer acrescentou que "não tinha idea" de que Cecil era o leão mais famoso do Zimbábue e que se baseou na "experiência" dos guias locais para garantir uma "caça legal".
As autoridades do Zimbábue disseram que duas pessoas já foram presas. Uma delas é um caçador profissional, e a outra, um fazendeiro.
O Serviço de Pesca e Vida Silvestre dos Estados Unidos abriu uma investigação para averiguar se Palmer violou a lei que proíbe o comércio de animais silvestres que tenham sido ilegalmente mortos, transportados ou vendidos.
Também nos Estados Unidos, mais de cem mil pessoas assinaram um pedido para que a Casa Branca "coopere totalmente com as autoridades do Zimbábue e extradite Walter Palmer tão logo o governo do Zimbábue solicite" a extradição.