Em pronunciamento transmitido nesta quarta-feira, 1º, na TV, o presidente Jair Bolsonaro admitiu que o governo enfrenta "dificuldades iniciais", atribuídas por ele a "posições políticas antagônicas". Ele não fez, porém, menção a temas como desemprego e reforma da Previdência - que estiveram presentes no ato realizado pelas centrais sindicais em São Paulo.
Nos cerca de dois minutos de fala, Bolsonaro enalteceu a chamada medida provisória da Liberdade Econômica, assinada anteontem com objetivo de diminuir a burocracia para startups e pequenos negócios.
O presidente mencionou diretamente o Dia do Trabalho apenas ao final do discurso. "O caminho é longo. Sei que, unidos, ultrapassaremos essas dificuldades, que são naturais nas transições de governo, especialmente se as posições políticas forem antagônicas. O Brasil elegeu a esperança, razão pela qual estarei sempre atento para não decepcioná-los. É o meu compromisso com você nesse Dia do Trabalho", disse ele.
O IBGE divulgou nesta semana que o desemprego voltou a crescer e ficou em 12,7% no primeiro trimestre, superando o número de 13 milhões de desempregados.
Segundo Bolsonaro, a MP da Liberdade Econômica é uma iniciativa do Ministério da Economia que "restringe o papel do Estado no controle e na fiscalização da atividade econômica". "Esse é o compromisso do meu governo com a plena liberdade econômica. Única maneira de proporcionar por mérito próprio e sem interferência do Estado o engrandecimento de cada cidadão."