O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiu, em entrevista à jornalista Monica Bergamo, no jornal Folha de SP, que a tendência é que ele se torne inelegível no julgamento que acontece no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Não vou me desesperar", disse Bolsonaro.
O colegiado volta a analisar uma ação movida pelo PDT por questionamentos feitos pelo ex-mandatário ao processo eleitoral, sem apresentar provas, em uma reunião com embaixadores realizada em julho de 2022.
"Sou imbroxável até que se prove o contrário. Vou continuar fazendo minha parte", acrescentou, em relação ao sentimento diante da situação. Na entrevista, Bolsonaro considerou "absurda" a inclusão, na ação do TSE, dos acontecimentos de 8 de janeiro, quando bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, e negou ter incentivado um golpe de Estado ou ataques a prédios públicos.
Bolsonaro classificou como "imbecil" o trio acusado de planejar um atentado com explosivo perto do aeroporto de Brasília.
"Tem certos absurdos. Botaram na ação do TSE até o 8 de janeiro, que ainda está em investigação, inclusive em uma CPI. Agora na Rússia teve um levante, do grupo Wagner. Foram dezenas de milhares de homens armados para um lado e para o outro, com tanques nas ruas. No Brasil o golpe foi de senhorinhas com uma Bíblia debaixo do braço. De senhorzinhos com a bandeira do Brasil nas costas", disse Bolsonaro.
Em seguida, Bolsonaro revelou ter outro plano em mente, mas que ainda não iria revelar. "Eu tenho a bala de prata, mas não vou te dizer, para você não ficar perturbando, no bom sentido. Eu tenho a bala de prata, mas não vou revelar", disse o ex-presidente.