Pesquisadores fizeram uma descoberta intrigante sobre a história evolutiva dos ursos polares e dos ursos pardos. Acreditava-se anteriormente que essas duas espécies haviam se diferenciado em uma era remota, mas novos achados sugerem que essa separação ocorreu há apenas 70.000 anos. Este processo foi mais gradual do que se imaginava.
A adaptação dos ursos polares para sobreviver a climas extremamente frios apareceu em genes específicos. Esses genes determinaram não apenas o tipo e a cor do pelo, mas também funções cardiovasculares que permitem à espécie viver nos polos, como acontece atualmente. Vamos conferir mais detalhes sobre essas revelações fascinantes.
Quando os ursos polares se diferenciaram dos pardos?
Por meio da análise do genoma de 119 fósseis de ursos polares e 135 ursos pardos, os cientistas concluíram que a diferenciação entre as espécies ocorreu há cerca de 70 mil anos. O estudo, conduzido por uma equipe da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, foi publicado recentemente na revista BMC Genomics.
Os resultados indicam que essa evolução foi mais gradual e complexa do que se pensava. Antigamente, muitos acreditavam que a separação entre esses animais tinha ocorrido em uma linha do tempo bem mais antiga.
Principais diferenças entre ursos polares e pardos
As diferenças entre os ursos polares e pardos não se limitam à cor do pelo. Os ursos polares possuem duas camadas de pelo: uma felpuda para mantê-los aquecidos e uma externa para mantê-los secos. Essa adaptação é crucial para a sobrevivência nos climas rigorosos dos polos.
Além da pelagem, os ursos polares também sofreram adaptações nas funções cardiovasculares. Eles são capazes de consumir carne rica em gordura e colesterol sem sofrer de doenças cardíacas, ao contrário dos ursos pardos, que teriam problemas de saúde graves com uma dieta semelhante.
Visão da evolução dos ursos?
A partir dessas descobertas, os pesquisadores criaram a hipótese de que as adaptações dos ursos polares podem ter sido influenciadas pelos animais que viveram durante os estágios finais da última era glacial. Isso inclui mudanças significativas na alimentação e no comportamento que ajudaram na sobrevivência.
- Adaptação alimentar: Capacidade de consumir alimentos ricos em gorduras sem desenvolver doenças cardíacas.
- Estrutura do pelo: Duas camadas de pelagem para isolamento térmico e proteção contra a umidade.
- Diversificação ecológica: Diferença nas exigências do habitat e comportamentos entre as espécies.
Esses pontos destacam como as pressões ambientais moldaram esses animais de maneira distinta.
Influência dos humanos na evolução dos ursos
Além de entender melhor a diferenciação dos ursos, estas pesquisas implicam também a presença de humanos em regiões da América do Sul em épocas mais remotas. Ossos de animais abatidos indicam atividades humanas no continente antes mesmo do que se supunha, alinhando-se ao estudo dos ursos para oferecer uma visão mais ampla da época glacial.