Uma nova pesquisa Ipec (ex-Ibope) sobre a corrida eleitoral pelo Palácio dos Bandeirantes será divulgada nesta terça-feira, 6, e, segundo analistas, a principal dúvida permanece sobre quem deverá disputar o segundo turno contra o petista Fernando Haddad, que liderava a corrida com 32% das intenções de voto no levantamento do dia 30 de agosto. Não são esperadas grandes alterações nos índices anteriores.
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"Essa eleição está sem grandes variações. Acredito que o Ipec deva manter o Haddad na frente e o Tarcísio em segundo e, em terceiro, o Rodrigo Garcia, mas, talvez, não com uma distância muito grande. No fundo, existe uma tentativa de ver quem vai ao segundo turno com Haddad", afirma o professor do Mackenzie Rodrigo Prando.
Apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) tinha, em 30 de agosto, 17% das intenções de voto, e o atual governador, Rodrigo Garcia (PSDB), que tenta a reeleição, aparecia com 10%.
"A expectativa para o cenário eleitoral em São Paulo está muito associada a dois movimentos: a disputa presidencial e a polarização em âmbito da corrida nacional, de alguma maneira está muito relacionada com a dinâmica política em São Paulo", explica o cientista político Rafael Cortez.
O analista acredita que a escolha entre Rodrigo Garcia e Tarcísio de Freitas reflete a "divisão da direita no Estado", cenário que deve continuar até a eleição. "Algo que foi muito marcante nos últimos anos, uma direita muito bem organizada no comando do PSDB, acabou se dividindo até como consequência de mudanças na paisagem política nacional", diz.