O que se sabe sobre inquérito da PF contra o influencer fitness Renato Cariani?

Investigações tiveram início há cerca de dez meses por suspeita de desvio de produtos químicos para a produção de drogas

30 jan 2024 - 14h10
(atualizado às 14h31)
Influencer fitness Renato Cariani
Influencer fitness Renato Cariani
Foto: Reprodução/Instagram / Perfil Brasil

A Polícia Federal (PF) de São Paulo concluiu neste mês o inquérito contra o influenciador fitness Renato Cariani. Foram dez meses de investigações por suspeita de desvio de produtos químicos para a produção de toneladas de drogas para o narcotráfico.

O relatório final resultou no indiciamento dele e de mais dois amigos pelos crimes de tráfico equiparado, associação para tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

A investigação não solicitou as prisões dos três indiciados, e todos estão respondendo em liberdade.

A Polícia Federal encaminhou a conclusão ao Ministério Público Federal (MPF), que decidirá se denunciará ou não o grupo pelos crimes. Em seguida, a Justiça Federal decidirá se julgará o trio pelas possíveis acusações, com a possibilidade de prisão em caso de condenação.

Relembre o caso de Cariani

Renato, Fabio Spinola Mota e Roseli Dorth estão sendo acusados de utilizar uma empresa para falsificar notas fiscais de vendas de produtos para multinacionais farmacêuticas. Eles desviavam os insumos para a produção de cocaína e crack. Segundo a investigação, essas drogas abasteciam uma rede criminosa de tráfico internacional liderada por facções como o Primeiro Comando da Capital (PCC).

O influencer fitness possui mais de 7 milhões de seguidores no Instagram, além de ser sócio de Roseli na Anidrol Produtos para Laboratórios Ltda., uma empresa de venda de produtos químicos em Diadema, Grande São Paulo.

De acordo com a PF, eles tinham conhecimento e participação direta no esquema criminoso.

Por outro lado, a defesa do influenciador disse em nota ao g1 que "o indiciamento ocorreu de forma precipitada, há mais de 40 dias, antes mesmo de Renato ter tido a oportunidade de prestar esclarecimentos".

Da mesma forma, a defesa de Roseli Dorth, sócia do Cariani, afirmou que "as conclusões da Polícia Federal são gravemente equivocadas".

* Matéria publicada sob supervisão de Ricardo Parra.

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