Obama pede investigação de ataques virtuais durante eleição

9 dez 2016 - 22h41
(atualizado em 10/12/2016 às 13h17)

Presidente americano ordena apuração completa sobre intervenções estrangeiras no país durante período eleitoral. Relatório deve ser entregue antes de ele deixar o cargo. EUA acusam Rússia de estar por trás das invasões. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu às agências de inteligência do país "uma investigação completa" dos ataques virtuais e intervenções estrangeiras durante as eleições de 2016, informou na sexta-feira (09/12) a assessora para assuntos de segurança nacional, Lisa Monaco.

A conselheira afirmou que Obama espera um relatório das agências sobre o caso antes de 20 de janeiro, dia em que ele deixa a presidência, e assume o republicano Donald Trump. Segundo ela, os resultados serão compartilhados com parlamentares e uma "ampla gama de interessados".

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Barack Obama disse que Fidel Castro foi uma figura singular
Barack Obama disse que Fidel Castro foi uma figura singular
Foto: Agência Brasil

O porta-voz da Casa Branca Eric Schultz disse que a investigação fará um "mergulho profundo" na busca por um padrão de ataques virtuais em períodos eleitorais ao longo de vários anos, desde 2008.

"Vamos analisar todos os atores estrangeiros e suas tentativas de influenciar as eleições", afirmou Schultz, destacando que interferências estrangeiras "não têm lugar na comunidade internacional". Ele completou que a entrega do relatório ainda na gestão Obama é "a principal prioridade".

No início de outubro, o governo americano acusou formalmente a Rússia de uma série de ataques virtuais contra pessoas e instituições do país, incluindo o Comitê Nacional do Partido Democrata. A suposta invasão por parte de Moscou teria o objetivo de interferir nas eleições de 8 de novembro.

Na época, Obama declarou ter alertado o presidente russo, Vladmir Putin, sobre as consequências dos ataques. A Rússia sempre negou participação, classificando a acusação como "absurda".

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O deputado democrata Adam Schiff, membro do comitê de segurança da Câmara dos Representantes americana, reforçou que a investigação deve ocorrer antes de Trump assumir o governo, "dada sua preocupante recusa em aceitar que o ataque foi orquestrado pelo Kremlin", afirmou em nota.

Trump, eleito em novembro para ocupar a Casa Branca, afirmou não estar convencido de que a Rússia esteve por trás dos ataques virtuais contra os Estados Unidos. "Não acredito que eles tenham interferido", disse o magnata à revista Time, que o elegeu personalidade do ano nesta semana.

EK/ap/dpa/lusa/rtr

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