Olavo de Carvalho: 'Não me meto mais na política brasileira'

Em entrevista a site de direita, escritor afirmou que vai 'ficar quietinho' e que grupo olavista dentro do governo nunca existiu

16 mai 2019 - 10h10
(atualizado às 10h16)

O escritor Olavo de Carvalho, um dos principais influenciadores do bolsonarismo, afirmou na quarta-feira, 15, que vai deixar de "se meter" na política brasileira. "Eles querem me tirar da parada? Tiraram. Eu vou ficar quietinho agora, não me meto mais na política brasileira. O Brasil escolheu o seu caminho. Escolheu confiar em pessoas que não merecem a sua confiança e agora vai se danar", afirmou em conversa em vídeo com o site Crítica Nacional.

Segundo Olavo, a sua participação na política se tornou insustentável. "O que eu estou fazendo, estou decidindo hoje, é me ausentar temporariamente do debate político nacional, do dia a dia, das miudezas das política, porque se tornou uma coisa absolutamente insustentável. Tamparam minha boca. Não tem problema. Vocês se virem aí, fiquem com o Santos Cruz (general e ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência)", disse, em referência ao ministro com quem já teve atritos.

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Olavo negou, ainda, que tenha qualquer influência sobre os grupos no governo. "Quem sou eu nessa história toda? Esse grupo olavista jamais existiu. Não existe nada disso. A minha influência é a influência de escritor sobre um público difuso que não tem nenhum contato entre si. Não há organização, não há diálogo, não há membros. O Brasil está vivendo embaixo de uma alucinação, isso virou uma palhaçada".

O escritor Olavo de Carvalho
O escritor Olavo de Carvalho
Foto: REPRODUÇÃO / Estadão Conteúdo

Condecoração

No início do mês, o presidente Jair Bolsonaro concedeu a Olavo o grau máximo da Ordem Nacional de Rio Branco, de Grã-Cruz, indicado para autoridades de alta hierarquia. Segundo o Itamaraty, a Ordem Nacional de Rio Branco é uma comenda que o presidente pode atribuir a personalidades "pelos seus serviços ou méritos excepcionais". Além de Olavo, outras 33 pessoas receberam a condecoração, como o vice-presidente Hamilton Mourão, ministros de Estado e governadores.

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