Operação da PF mira Roberto Jefferson e Luciano Hang

Mandados em investigação do STF contra fake news tem como alvo ativistas bolsonaristas

27 mai 2020 - 08h39
(atualizado às 08h58)

A Polícia Federal cumpre 29 mandados de busca e apreensão em cinco Estados e no Distrito Federal no âmbito do inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar ataques contra a corte e seus ministros, informou a corporação em nota nesta quarta-feira.

Candidato a presidente pelo PSL Jair Bolsonaro recebe visita de Luciano Hang, empresário catarinense dono da Havan
Candidato a presidente pelo PSL Jair Bolsonaro recebe visita de Luciano Hang, empresário catarinense dono da Havan
Foto: Twitter/Jair Bolsonaro / Estadão Conteúdo

O ex-deputado federal Roberto Jefferson, o deputado estadual Douglas Garcia (PSL), o empresário Luciano Hang e o blogueiro Allan dos Santos são os principais alvos da ação. Todos são apoiadores de Jair Bolsonaro.

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Em entrevista ao Estadão. Garcia disse que os agentes da PF estiveram em seu gabinete na Assembleia Legislativa de São Paulo e apreenderam computadores. O deputado disse que as buscas são "lamentáveis".

A ativista Sara Winter, que é uma das líderes do 300 do Brasil, também está entre as investigadas. O grupo formou um acampamento para treinar militantes que estão dispostos a defender Bolsonaro. Winter chegou a declarar em entrevistas recentes que alguns integrantes andam armados.

De acordo com a PF, os mandados são cumpridos na capital federal e no Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina.

As diligências foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, que preside o inquérito, aberto pelo presidente da corte, Dias Toffoli em março do ano passado para apurar notícias falsas e ameaças contra ministros do tribunal. A abertura do inquérito por iniciativa de Toffoli foi alvo de críticas, já que o comum é que inquéritos sejam abertos pelo Judiciário atendendo a pedidos de outros órgãos.

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A Polícia Federal não deu detalhes sobre os mandados cumpridos nesta quarta-feira. Procurado, o Supremo ainda não se manifestou. O inquérito corre sob sigilo de Justiça. 

Com informações da Reuters e Estadão Conteúdo

Fonte: Redação Terra
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