Imediatamente após o início da sessão, o senador Alessandro Vieira (MDB-SE) levantou uma questão de ordem para questionar a escolha de realizar a sabatina conjunta. Nesta quinta-feira, 13, os senadores avaliam a indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Flávio Dino, e à Procuradoria-Geral da República, o subprocurador Paulo Gonet.
Vieira solicitou que os indicados fossem sabatinados de forma separada. No documento apresentado pelo parlamentar do MDB, ele argumenta que há "tempo suficiente" para garantir a avaliação dos dois em dias separados, antes do recesso parlamentar.
Na sequência, o senador Rogério Marinho (PL-RN) demonstrou apoio a Vieira. Ele destacou que o assunto tratado é de "importância fundamental" e ressaltou a necessidade de ter a oportunidade de ouvi-los de maneira separada, "para que uma atuação não ofusque a do outro".
Como funcionará a sabatina
As perguntas serão apresentadas em bloco, mas ainda não há definição sobre o número de senadores que terão a oportunidade de fazer os questionamentos. A audiência antecede a votação em plenário, onde ambos necessitarão de, no mínimo, 41 votos dos senadores para assumirem os respectivos cargos.
A escolha de realizar a sabatina simultânea foi uma estratégia adotada pelo presidente do colegiado, Davi Alcolumbre (União-AP), com o objetivo de agilizar o processo das indicações às vésperas do recesso parlamentar. Desde setembro, os cargos ficaram vagos devido à aposentadoria de Rosa Weber e ao término do mandato de Augusto Aras.