O Congresso Nacional aprovou nesta sexta-feira (22) o projeto do Orçamento de 2024, que traz estimativa de arrecadação para o próximo ano e fixa limites para gastos públicos. O texto aprovado prevê valor recorde para emendas e mais recursos para o fundo eleitoral.
Emendas
Segundo informações da Comissão Mista de Orçamento (CMO), o total gasto com emendas será de R$ 53 bilhões. Em 2023, o valor foi de R$ 37,3 bilhões.
Quando foi aprovada nessa semana a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o relator, o deputado Danilo Forte (União-CE), incluiu no texto um calendário para a liberação de emendas impositivas (de pagamento obrigatório).
As emendas impositivas são de dois tipos: as individuais (dirigidas a cada senador e deputado); e as de bancada (destinadas às bancadas estaduais). Segundo o G1, pela regra anterior, não havia prazo para o governo pagá-las. Com isso, o Palácio do Planalto tinha mais liberdade e podia optar por fazer a liberação às vésperas de votações importantes, como um meio de negociação.
Fundão eleitoral
O texto aprovado pelo Congresso Nacional também inflou os valores previstos para o fundo eleitoral em 2024 para R$ 4,96 bilhões, segundo informações do G1.
O incremento ocorreu apesar do pedido do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para que o valor voltasse a ser de R$ 940 milhões, conforme proposta do governo, e fosse negociado um valor intermediário de cerca de R$ 2,7 bilhões (próximo ao gasto nas eleições municipais de 2020), no decorrer do próximo ano.
Ao mesmo tempo, também foi reduzido o valor destinado ao novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que poderá contar com cerca de R$ 55 bilhões em 2024, segundo informações da Comissão de Orçamento. O valor é R$ 7,3 bilhões menor do que os R$ 61,3 bilhões propostos pelo governo.
O Orçamento aprovado não traz um valor para o salário mínimo. A proposta do governo contemplava R$ 1.421. Entretanto, com base nas regras definidas em lei, tende a recuar para R$ 1.412, pois a inflação ficou abaixo do estimado anteriormente. Um decreto presidencial fixará o valor até o fim do ano.