Durante coletiva de imprensa em Adis Abeba, capital da Etiópia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou sobre a fuga de dois presos da Penitenciária Federal de Mossoró. Questionado sobre o tema, portanto, o petista afirmou que "parece que teve a conivência de alguém do sistema".
"Obviamente que nós queremos saber como é que esses cidadãos cavaram um buraco e ninguém viu. Só faltaram contratar uma escavadeira", declarou.
Lula afirmou ainda que o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, já determinou a apuração. Nesse sentido, será averiguado se houve a participação de alguém que trabalhava no presídio. Ele afirmou esperar que os presos sejam capturados. As buscas já entraram no 5º dia.
A fuga é a primeira registrada desde a fundação do sistema penitenciário federal, em 2006. Desta forma, pode ser considerada a primeira crise da gestão de Lewandowski à frente do Ministério da Justiça, iniciada no último dia 1º.
Fuga de Mossoró
Os dois fugitivos, Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, foram os primeiros detentos a escapar de um presídio federal, considerado de segurança máxima. Eles fugiram na última quarta-feira (14).
Os dois fizeram uma família refém na noite desta sexta-feira (16), roubaram celulares e comida. De acordo com a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). pasta, o local fica a três quilômetros, aproximadamente, do presídio federal de Mossoró.
A operação para capturá-los, em suma, mobiliza cerca de 300 agentes federais, drones e três helicópteros. Os policiais querem descobrir, basicamente, como ambos escaparam do presídio de segurança máxima. No entanto, a existência de várias obras no local deixam algumas pistas sobre a fuga. Por fim, os detentos fizeram um buraco em uma parede. Autoridades suspeitam que os fugitivos usaram ferramentas dos trabalhadores.