Moradores de Porto Alegre e Região Metropolitana continuam a enfrentar sérios problemas com o transporte público, especialmente no que diz respeito à superlotação e à qualidade dos veículos. Na quarta-feira, 27, uma usuária da linha T11 relatou condições precárias de operação, com o ônibus superlotado e quase 150 pessoas "esmagadas" dentro do veículo. Segundo ela, a situação tornou a viagem extremamente desconfortável e perigosa.
Além disso, a redução nos horários de funcionamento das linhas tem gerado dificuldades para os moradores que dependem do transporte coletivo para realizar atividades cotidianas, como ir ao trabalho, consultas médicas e cumprir outros compromissos. A escassez de horários disponíveis têm impactado diretamente a rotina de muitos usuários, que se veem obrigados a ajustar seus planos para se adequar à oferta reduzida.
Já nesta quinta-feira, 28, outros passageiros da linha T1 relataram problemas ainda mais graves. De acordo com os relatos, dois ônibus da linha apresentaram falhas mecânicas e não conseguiram subir a lombada antes de entrar na Rua Protásio Alves. A situação causou atrasos significativos, já que os usuários precisaram aguardar a chegada de um terceiro ônibus, que estava completamente lotado e também com grande atraso.
Os passageiros ficaram insatisfeitos com a falta de informação sobre os problemas nos veículos. Segundo eles, o motorista não comunicou aos usuários sobre a falha, e foi somente após quase 20 minutos de espera que os passageiros começaram a reclamar da demora. Foi quando o motorista desligou o ônibus, fazendo com que os passageiros descessem e esperassem a chegada de outro veículo.
A linha B02 também tem registrado recorrentes queixas. Os passageiros afirmam que os ônibus estão "caindo aos pedaços", com veículos visivelmente deteriorados e motoristas frequentemente estressados e dirigindo de maneira agressiva. Além disso, os horários das linhas da B02 estão irregulares, dificultando ainda mais a vida dos usuários que dependem da pontualidade do serviço.
A situação tem gerado crescente descontentamento entre os cidadãos, que exigem soluções imediatas por parte da prefeitura e das empresas responsáveis pelo transporte coletivo. Muitos reclamam da falta de investimentos e da escassez de informações claras sobre os problemas enfrentados no dia a dia.
O transporte público da capital gaúcha, que já enfrenta desafios históricos relacionados à infraestrutura e à qualidade dos serviços, continua a ser um ponto crítico na vida dos moradores.